quarta-feira, 9 de outubro de 2013

ASTRONAUTA



Não sei ler
O transtorno é não saber escrever
Nem preciso
Pois no beiço da flor beijos irei beber
Para ser, não basta crer
Deveras
Dignidade deve-se ter
Soltem-me em paz
Já não almejo mais viver
Não questione
Fatiguei-me de sofrer
Não argumente
Simplesmente astronauta desejo ser
Porquê?!
Almejo um amoroso pacto espacial fazer
Não elogie
Vou no Júpiter viver
Não sorri
Não é proibido alucinação ter.
O que irei comer?!
Não questione
Terei os ramos do meu paraíso pra me acolher!
Não irei perecer
Deveras, astronauta do amor, quero ser!
PAULO ISAAC

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