sábado, 21 de dezembro de 2013

UNIVERSO



Queria ser o universo
Mesmo vazio
Mas embriagado de verso.

Um universo
Que não abalaria uma alma apaixonada,
Maleável até a madrugada;

Um universo recheado de cor
que não censurasse as declarações dos enamorados,
Que deixasse-os ficar embriagados,
Não de vinho, mas de amor.

Lindo e irradiante
Seria o meu universo
Admirável como diamante;
Cujo arco-íris brotaria
No carburador dos amantes,
Florescendo o presente
Derrubando o antes.

Deveras confesso,
Queria ser o universo.
PAULO ISAAC

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