domingo, 9 de fevereiro de 2014

AMOR IMPOSSIVEL

Quem me dera
Que nascessem as nossas ilusões
Tal como as nossas canções
Embriagadas que nem de bebedeira
Mas sobreviviam não por horas, mas la noche entera!

Quem me dera contemplar
Não o sonho, mas a realidade
Do estupendo verbo amar
Não és o mar
Deveras, anseio em ti nadar
Seja minha salva vida
Porque no seu amor vou me afogar!

O seu amor é impossível
Mas o que farei?
Visto que acarretas um olhar inesquecível?



PAULO  ISAAC

sábado, 21 de dezembro de 2013

RAPAZINHO



Sinto-me apenas um rapazinho,
Desnorteado e abalado,
Por falta de carinho
E pela fragância apaixonado!

Aquela cascata parece um tempero,
Dia e noite, manhã e madrugada,
É por ela que espero;
Pra faze-la sentir mulher e não empregada,
Como à chamam,
Mas independentemente disso,
É pela flor que os meus faróis clamam!

Chuva pare e afaste-se o trovão,
Pois almejei ligar-lhe no celular
Para discursar-lhe que estou no buzão
A fim de provar-lhe que lhe estou amar.

Entretanto, temo em não equivaler
Pois classificam-me apenas como um rapazinho
Mas não a quero perder!

PAULO ISAAC

UNIVERSO



Queria ser o universo
Mesmo vazio
Mas embriagado de verso.

Um universo
Que não abalaria uma alma apaixonada,
Maleável até a madrugada;

Um universo recheado de cor
que não censurasse as declarações dos enamorados,
Que deixasse-os ficar embriagados,
Não de vinho, mas de amor.

Lindo e irradiante
Seria o meu universo
Admirável como diamante;
Cujo arco-íris brotaria
No carburador dos amantes,
Florescendo o presente
Derrubando o antes.

Deveras confesso,
Queria ser o universo.
PAULO ISAAC

Beijo Roubado

Era uma noite de temerosos trovões,
em que já não discursávamos,
somente seduziam-se os nossos corações.
Entretanto, pensamos: Porquê não?
se diz sim o coração?
Apesar de ter sido muita audácia
abracei-a bocalmente sem ignorância!
Foi um beijo
com deleite de morango
e aroma de queijo.
Foi um abraço labial roubado
embora ter sido entre amigos,
foi como temperado!
Tenho-o como um beijo roubado,
mas foi fantástico o encontro labial amistoso

apesar daquele não ter sido almejado

Paulo Isaac

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Silêncio



Sou o silêncio que não fala
Mas nunca se cala;
 Sou o silêncio que fala com aquele olhar inocente,
Bobo e sem coragem,
Perecendo carente.

Sou o silêncio do oriente,
Entre barreiras falo mais alto
Buscando auxílio do ocidente,
Fazendo Antártica emocional parecer quente.

Sou o silêncio, não o comum
Sou composto
Dicotómico de qualquer um;

O silêncio de ter o carburador quebrantado,
Nascido da fobia de não tê-la declarado.
Sou o eterno silêncio!

ASTRONAUTA



Não sei ler
O transtorno é não saber escrever
Nem preciso
Pois no beiço da flor beijos irei beber
Para ser, não basta crer
Deveras
Dignidade deve-se ter
Soltem-me em paz
Já não almejo mais viver
Não questione
Fatiguei-me de sofrer
Não argumente
Simplesmente astronauta desejo ser
Porquê?!
Almejo um amoroso pacto espacial fazer
Não elogie
Vou no Júpiter viver
Não sorri
Não é proibido alucinação ter.
O que irei comer?!
Não questione
Terei os ramos do meu paraíso pra me acolher!
Não irei perecer
Deveras, astronauta do amor, quero ser!
PAULO ISAAC