sábado, 21 de dezembro de 2013

RAPAZINHO



Sinto-me apenas um rapazinho,
Desnorteado e abalado,
Por falta de carinho
E pela fragância apaixonado!

Aquela cascata parece um tempero,
Dia e noite, manhã e madrugada,
É por ela que espero;
Pra faze-la sentir mulher e não empregada,
Como à chamam,
Mas independentemente disso,
É pela flor que os meus faróis clamam!

Chuva pare e afaste-se o trovão,
Pois almejei ligar-lhe no celular
Para discursar-lhe que estou no buzão
A fim de provar-lhe que lhe estou amar.

Entretanto, temo em não equivaler
Pois classificam-me apenas como um rapazinho
Mas não a quero perder!

PAULO ISAAC

UNIVERSO



Queria ser o universo
Mesmo vazio
Mas embriagado de verso.

Um universo
Que não abalaria uma alma apaixonada,
Maleável até a madrugada;

Um universo recheado de cor
que não censurasse as declarações dos enamorados,
Que deixasse-os ficar embriagados,
Não de vinho, mas de amor.

Lindo e irradiante
Seria o meu universo
Admirável como diamante;
Cujo arco-íris brotaria
No carburador dos amantes,
Florescendo o presente
Derrubando o antes.

Deveras confesso,
Queria ser o universo.
PAULO ISAAC

Beijo Roubado

Era uma noite de temerosos trovões,
em que já não discursávamos,
somente seduziam-se os nossos corações.
Entretanto, pensamos: Porquê não?
se diz sim o coração?
Apesar de ter sido muita audácia
abracei-a bocalmente sem ignorância!
Foi um beijo
com deleite de morango
e aroma de queijo.
Foi um abraço labial roubado
embora ter sido entre amigos,
foi como temperado!
Tenho-o como um beijo roubado,
mas foi fantástico o encontro labial amistoso

apesar daquele não ter sido almejado

Paulo Isaac

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Silêncio



Sou o silêncio que não fala
Mas nunca se cala;
 Sou o silêncio que fala com aquele olhar inocente,
Bobo e sem coragem,
Perecendo carente.

Sou o silêncio do oriente,
Entre barreiras falo mais alto
Buscando auxílio do ocidente,
Fazendo Antártica emocional parecer quente.

Sou o silêncio, não o comum
Sou composto
Dicotómico de qualquer um;

O silêncio de ter o carburador quebrantado,
Nascido da fobia de não tê-la declarado.
Sou o eterno silêncio!

ASTRONAUTA



Não sei ler
O transtorno é não saber escrever
Nem preciso
Pois no beiço da flor beijos irei beber
Para ser, não basta crer
Deveras
Dignidade deve-se ter
Soltem-me em paz
Já não almejo mais viver
Não questione
Fatiguei-me de sofrer
Não argumente
Simplesmente astronauta desejo ser
Porquê?!
Almejo um amoroso pacto espacial fazer
Não elogie
Vou no Júpiter viver
Não sorri
Não é proibido alucinação ter.
O que irei comer?!
Não questione
Terei os ramos do meu paraíso pra me acolher!
Não irei perecer
Deveras, astronauta do amor, quero ser!
PAULO ISAAC